À boca que despeja o verso
Na etérea razão do encanto
Saibas que a alegria é pranto
Rompendo um ardor imerso
O que às mãos dá tutoria
E gestos tacanhos misantropos
É o vento irado aos sopros
Que se atira à companhia
O que cai, não cai afinal
E o que manda à toa obedece
Na praia de um temporal
Que no ouvido se amortece
Traçado como um sinal
Com cor que o sangue merece