Poemas : 

A Biblioteca

 
O grafite na parede ainda tenta afirmar
a rebeldia que deveria existir.
Mas está gasto, passou seu tempo de viver.

Olhos leem fórmulas intricadas e tratados burocráticos.
Mentes, que se querem brilhantes, julgam-nos certos.
Estarão?

Um jovem de longas barbas e curtas ideias
repete o surrado discurso ancião e ninguém o escuta.
Nem só o grafite morreu.

Amanhã colarão grau, farão Mestrado e farão Doutorado.
Também farão filhos, dividas, casas, muros e poucas pontes.
Farão tudo que tantos fizeram.

E a roda dos iguais
continuará sua eterna ciranda,
pois assim falou Zaratustra.



Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, outono de 2015.


Sentir-me-ei honrado com a sua visita em minhas páginas, nos links abaixo:

www.fabiorenatovillela.com

Blog - Versos Reversos

 
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FabioVillela
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/03/2015 11:06  Atualizado: 26/03/2015 11:06
 Re: A Biblioteca
o poema convida-nos à reflexão. parabéns, Fábio

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/03/2015 11:36  Atualizado: 26/03/2015 11:36
 Re: A Biblioteca
Das cirandas da vidas os icônicos que somente se regridem, nunca procuram se progredirem de maneira status para uma juventude de grandeza.

Numa Democracia que se planta somente a libertinagem, as mentes são vazia