– Conto desembarcar
ali onde domesticamos
os portos de abrigo
noivando eternamente
tanta formosura demarcada
em ondas assediadas de amor
com vista sobre o mar
– Se há belezas
então demarquem
este tempo com fulgores
inesquecíveis
transitem entre nós
tantos abraços intransponíveis
recortem a eternidade perecível
em suplicas profectizadas
no tempo imediato
que em nós sedento e quedo se abrasa
– Restam canções
entreabertas nas areias
desertas onde temperámos
de vida
nossos rumos
nossas urgentes memórias
despidas na clandestinidade dos dias
– Restam nossas fugas além-mar
matando de saudade
até a ausência dos silêncios
que deixámos
renunciados ,sôfregos
onde não vejo mais o mesmo mar
porque discreto
te pressinto
de tanto querer amar
eu sei vão por fim
nossas almas simplesmente se entregar
FC