Pelos degraus eu subo e desço;
A escada da vida;
Minhas decisões me levam, a caminhos diferentes ou constantes;
As pessoas que conheci são mais ou menos importantes;
Não sei se viro a esquina ou vou em linha reta;
Procuro a peça que meu quebra-cabeça completa;
Meus passos podem ser seguidos ou não;
Mas, não deixo pegadas pelo chão;
Hoje, talvez eu viva do jeito que eu queira;
Sou dono do meu destino;
Desalinho, desatino;
Não vou mais viver como querem que eu viva;
Sei que vou pagar um preço alto;
E estou disposto à descobrir;
Onde este caminho irá me levar;
Quando eu estiver cansado, eu vou me sentar;
Somos na verdade um reflexo de nossas atitudes;
Nossa honra, nossa família, nossa virtude;
Somos o dedinho que dói quando chutamos a quina da mesa;
Quero um petit gateau de sobremesa;
Conselhos são como um sermão chato;
Podem ser úteis em certos momentos;
Como podem separar o bem do mal;
Qual a realidade de se ser normal?
Não se acomode nas facilidades;
Encare a vida e suas verdades;
Ser artista é melhor que trabalhar;
Um escritório fechado é duro de suportar;
A vida foi lhe dada para que faças dela o que quiseres;
Não se incomode com o incomodo dos outros;
Não se acomode na poltrona que não é sua;
Siga em frente, pela rua;
Tema os seus medos;
Faça do medo seu tema;
Não chame a dificuldade de problema;
Lembre do adeus, da mulher que te acena;
Entre becos e vielas;
Veias e artérias;
Pensamentos e alucinações;
Retire os cadeados dos portões;
Isso seja livre;
Grite sua liberdade a todos;
Mas grite baixo;
Isso incomoda muita gente;
Podem lhe trancar novamente por isso;
Mas, não permita que isso aconteça;
Grite baixinho, levante a cabeça;
Não acredite em destino, ele não existe;
Você já conheceu algum destino?
Se ficares sentado uma vida inteira em um sofá escapará da morte?
Se sim você é um ser humano de muita sorte;
Controla o destino quem pode;
Seu passo seguinte não foi premeditado;
Não esta escrito, nem contarão sua história;
A menos que você faça ela ser contada;
A vida de ninguém está fadada;
Somos nós quem decidimos por onde vamos;
Sua escolha só pertence à você;
Eu acredito em mudança;
Meus passos podem não significar nada para mim;
Mas se eu pisar em uma formiga, a vida dela terá um fim;
Apenas tome cuidado por onde pisa;
Preste a tenção nos veículos cruzando a pista;
Tudo está interligado;
O bater das asas da borboleta;
O vento forte que fez do outro lado do mundo;
A nave espacial que pousou no meu quintal do fundo;
Meu porco limpinho que todos achavam ser imundo;
Eu não pertenço a você;
Ninguém é de ninguém;
Noventa e nove , não são cem;
E eu lhe pergunto, você é quem?
Marcio Corrêa Nunes