Poemas : 

Amor suburbano - Oitava parte.

 
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Helena olhou meio que de lado, nesse momento Artur pediu um sanduíche e suco, quando se virou para procurar uma mesa encontrou o rosto de Ester sorrindo para ele e fazendo sinal para vir ao encontro deles e demorou uns segundos para se lembrar do rosto que sorria em sua direção e de frente para a moça sorridente outra moça de costas com cabelos aloirados que ele reconheceria em qualquer lugar, certo que era Helena. Pegou o copo e o prato com sanduíche e foi em direção à mesa sendo recebido com sorriso pelas duas, cumprimentou Renato e sentou ao lado de Helena. Ester comentou do acontecido com seu Almeida e Artur começou a contar sobre a amizade existente entre as suas famílias com seu pai e avô. Neste momento, Helena pôde ouvir o som de uma voz firme meio sem que a vontade entre aquelas pessoas que ele não conhecia, mas que aos poucos foi se soltando e mostrando o Artur gente boa e simples que ele era. Pediram mais sucos, salgados e por pouco não perderam a última cerimônia de homenagem ao seu Almeida. Terminado as cerimônias foram para o estacionamento entre despedidas e promessas de novos encontros para almoçar e conversar houve também uma troca de telefone entre Artur e os três amigos, Ester fingiu ter pressa e saiu na frente com Renato, deixando a amiga para trás numa tímida conversa a caminho do estacionamento. No carro de volta para o escritório Ester falou o tempo todo sobre a possibilidade da amiga Helena voltar a encontrar Artur e Helena meio que sem graça desconversava. A semana estava a mil, muitos clientes a clínica ia bem todos com uma lista de clientes sempre cheia, vários investimentos estavam previstos, os profissionais ali tinham a possibilidade de estender seus horários. Helena estava alcançando a sua independência o salário havia dobrado. Há meses vinha fazendo uma poupança e já obtinha o suficiente para iniciar a compra dos móveis para seu apartamento quando o alugasse, por vezes já visitara lojas e na sua cabeça o apartamento já estava mobiliado. Receber os amigos e nesta hora pensou em Artur já se passara quase uma semana e nem um telefonema trocaram, ela poderia tomar a iniciativa, mas ficaria exposta poderia parecer que estava se oferecendo demais. Nos últimos dias não teve tempo de pensar em quase nada, pois estava chegando tarde a casa e ainda tinha que ouvir as reclamações da mãe sobre as pequenas brigas com a irmã. Numa das noites acordara a irmã e teve uma conversa séria sobre o tratamento com a mãe, explicou que o que a mãe sentia era ciúme pela filha estar namorando e a possibilidade de perder o amor da filha, Maitê tinha que dar um tempo para que a mãe aceitasse a situação, a irmã resmungou um pouco, mas concordou. Helena passou a tarde fazendo unhas e cabelo enquanto a mãe preparava a roupa escolhida para o jantar. A mãe ficou feliz com a animação da filha, sentia que a relação podia dar frutos. Na hora marcada Artur estacionou o carro no portão da casa de Helena, desceu somente para abrir a porta do veículo, seguiu para um restaurante ali mesmo em Campo Grande, ele já tinha feito as reservas pela tarde. Sentaram-se e por duas horas conversaram sobre a infância, estudo, profissão e o trabalho. Ele a levou em casa perto das vinte e três horas e na despedida ficou um até a próxima, mas rolou um selinho. Helena encontrou a mãe e a irmã sentadas no sofá assistindo televisão, mas com caras de curiosas e antes que elas perguntassem alguma coisa ela mesma já foi dizendo que a deixassem tirar as sandálias e que iria dar os detalhes. Sentou-se ao lado da mãe e começou a contar como havia sido o jantar e detalhes do perfil de Artur e por fim não deu detalhes da despedida. Helena perguntou a mãe se poderia fazer um almoço de massas para o dia seguinte o domingo, pois queria convidar Artur para almoçar e poder apresentá-lo e a irmã perguntou se podia convidar o namorado para almoçar também, a irmã e a mãe se olharam sérias e logo em seguida abriram um sorriso de consentimento.



Edmilson Naves

 
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EdmilsonOliveira
 
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