Ó Almas viventes,
Que céus trepais
Com tamanha dor
Que levais cravado
Nos corações pecadores?
Da terra que vos fecundou,
Semeastes ódio
Que infesta humanidade
Na procura da concórdia,
Que se esvai
Com as trevas das indiferenças.
Ó almas viventes,
Não clamais pela violência
Que abita em cada um de vós,
Libertais do mundo das indiferenças
E juntais à luz da verdade
Que vos conduzirá ao reino
Da lei dos contrários,
E coabitais com as diferenças,
como a sucessão sucessiva
do sol à lua.
Adelino Gomes-nhaca
Adelino Gomes