Distância
Os meus braços já estão cansados
de acenar para a imagem do passado
Os meus olhos estão tristes, parados
O meu peito dorido, magoado...
E passam os anos uns após os outros,
mais breves, mais velozes do que o tempo,
enquanto eu aceno, em gestos semi- loucos
a um sonho que é do esquecimento.
E lá longe a longínqua distância
ainda vejo o vulto do meu sonho
O eco de uma voz toda quimera...
E lá longe eu vejo a minha infância
envolta num véu muito tristonho,
sem a luz e a cor da primavera!
Maria Helena Amaro
21/06/1954
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2015/03/distancia.html
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