Chipre, numa alcova, num castelo
Na orla de um gelado e árido lago,
Estão Desdêmona, Emília e Otelo
Mortos pelo plano diabólico de Iago.
O corpo do negro mouro, amarelo.
A veneziana com um sorriso largo.
Emília, morta serviçal, serve de elo
Entre o Amor e o vil Ciúme amargo.
De tragédias são as misérias humanas
Do tempo antigo desde Eva e de adão
Bem antes e depois do dilúvio de Noé.
O Homem condenado as vidas mundanas;
O primeiro homicídio foi do próprio irmão
E assim foi, e assim sempre será, e assim... É!
Gyl Ferrys