– Serão as ondas do mar
um espelho
que espelha a correnteza
da alma insegura
reflectida em oceanos de transparências
num tempo que alinho em cada
bruma amanhecida em ti
– Serão tempestades silenciadas
na mais fina textura dos meus versos
repletos de brisas embarcadas
no sopro navegante de tanta eternidade
– Ou serão reflexos de mim
e outras poesias escritas dentro de nós
trazendo tranquilidades num mar
que depura até
tua genial travessura
– Ou caiem as chuvas onde ávidos
mergulhamos nossa paz
nossas ondas de silêncios
jogadas daqui para ali
onde muramos de beijos
nossas desavenças e segredos
onde reencontramos todos os segredos
em nós mesmos
sem deixar de ser supremos
arrebatadores
humanos que se eternizam
na luz casta que se esvazia
em cada palco da vida
- Assim nos revelamos
numa impetuosa dança
da vida
como se perpetua a alegria
num tempo que nos consome
e inebria
assim abandonados
nas planas avenidas
desta vida em constantes assimetrias
FC