Poemas : 

Vultos

 
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Por um instante disperso-me na inutilidade
Junto à solidão de árvores onde repousam
Demorados ecos nos vincos de velas luminosas.



Adormeço junto ao teu rosto ainda que seja
Tão só um latejar de troncos tatuados pelo vento.
O gume do frio divide-me em duas partes;
A do sonho e o da fuga irremediável das horas


Resta-me o fluir inevitável de um olhar sem
Recordações, e o beijo que trago preso
Ao peito onde as heras crescem incandescentes
Dentro do grito da palavra não dita


Conceição Bernardino


A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.
Aristóteles

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@cartascemremetente

 
Autor
Conceição Bernardino
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 10/03/2015 13:27  Atualizado: 10/03/2015 13:27
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Vultos
Bom dia Conceição tua capacidade de subjetivar a dualidade da vida humana sem tirar dos versos o apego melódico, me impressiona, parabéns pelo redundante poema, um abraço deste teu fã de sempre, MJ.

Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 10/03/2015 13:36  Atualizado: 10/03/2015 13:36
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: Vultos
Que lindo!
Eu adorei ler!
Um beijinho!


*-*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/03/2015 00:38  Atualizado: 11/03/2015 00:38
 Re: Vultos
*escrita primorosa!
beijoka*