Procuro o prefeito tom;
Não gosto do gosto do seu batom;
Meus pensamentos a voar;
No vento fazem seu som;
Livre, livre, livre;
A camisa engomada no cabide;
A sala de estar sem a sua presença;
Mesmo que da realidade eu duvide;
Suspiro aliviado;
Sofrer;
Estou cansado;
Se ao menos provasse o jantar, por mim preparado;
Já faço rimas sem sentido;
Não desisti do nosso amor proibido;
Jogue tudo pro alto;
E venha viver comigo;
Sou mais que um amor, sou seu amigo;
Agora um pássaro ferido;
Andando sem poder voar;
No chão perdido;
Mas continuo andando;
Não temo o perigo;
Talvez, pelo o que eu já tenha sofrido;
Venha, aqui é seu abrigo;
Ando muito sozinho;
Precisando do seu amor;
Do seu carinho;
A porta deixo aberta;
Tenho certeza que não esqueceu o caminho;
Mas portas abertas, podem ser um convite;
Não precisam bater;
Me trouxe um palpite;
Por mais que eu não acredite;
Flertes e flagras;
Borboletas e lagartas;
Festas e farras;
A porta está esta aberta;
Estava com muito frio me cobriram com a coberta;
Acordei e não era você;
Está difícil compreender;
Por onde anda você...
Marcio Corrêa Nunes