Sala de aula, turma agitada. Onde tem “aluno” a agitação é natural, até parecem serem movidos à bateria solar. Professor, paciente, leva um bom tempo, mas consegue, por tempo breve, o precioso e pedagógico silêncio. Sente-se gratificado. Reconhece o esforço das cabeças e corpos. Todos os olhares vão pousando nele. Ufa! Finalmente, o “ prêmio da atenção”! Afinal, vencera a persistência. Vamos à aula! Fita cada par de olhos, como se agradecesse pela oportunidade de fazer parte daqueles universos em expansão. Respira fundo e diz em límpida e clara voz: - Vamos formar duplas! Um dedo se ergue bem alto, ele não se assusta, já está acostumado. Coloca os sentidos em alerta. Pensa com seus botões. _ Aí vem bomba! E uma voz, já tão conhecida, rompe o silêncio _ DUPLA de quantos? O silêncio foge pela janela. Sina de professor e recomeçar sempre!