A tua AUSÊNCIA... aquela tão presente que até eu mesma me/TE desculpava, para sossegar a minha PREOCUPAÇÃO, para justificar o teu DESINTERESSE.
(PARA QUÊ?)
Davas-me de bandeja a tua falta de complacência, a tua SURDEZ... a tua falta de CONSIDERAÇÃO... e eu sentia-me CULPADA! Procurava em mim razões para Não merecer o CONTRÁRIO.
(O QUE TINHAS AFINAL?)
A CEGUEIRA, aquela tua ambição, a tua frieza... o meu CONTROLE MENTAL! E com tudo isto quase que me fizeste crer que TU ESTAVAS CERTA.
Quase...
QUASE...
Quase... MESMO!
MAS neste quase que quase aconteceu, percebi que eu é que sempre sofri SURDEZ, CEGUEIRA por Não te ler o grito no olhar descompensador e reprovador.
ANTES doía... antes sangrava mesmo em lágrimas salgadas. AGORA? Não RECUO, Não HESITO em te queimar com palavras frias e DISTANTES e sabes porquê? Porque vi que me levavas na FORÇA DO TEU HÁBITO!
MAS a minha cortesia para ti ACABOU, desde o momento em que vi que a minha FORÇA vence o teu VÍCIO HABITUAL.
Só estou à espera que caias no teu quase, QUASE (que me PERDES) para EU DECIDIR, largar-te a mão e deixar que te afogues nas MEMÓRIAS fatais!
Rute Ferreira
'Dum vita est pO3tica'
Porque até o nosso maior hábito, não é garantido.