"Princípio d'Arquimedes"
"Todo o corpo mergulhado,..."
Começa assim o popular princípio
que a tudo aquilo que flutua é aplicado
É uma força contrária, à que sofre a saudade
Isso sinto e mergulho num precipício
exposto, não à força do impulso, mas à da gravidade
Não há o agitado mar nem a ria ou sereno rio
há, ao contrário, um poço d'ar, um enorme vazio
Não há velas ao vento como força motor
nem canto da brisa ou ondas a embalar
Há silêncio ou gritos à adamastor
Não há o equilibrio do patilhão
Há medo, à espera d' afundar
sem leme nem direcção!
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema