Amigos vêem até nós como águas a sossegar
velas velozes de um barco tremendo
quando os mares se agitam de par em par
ou quando tememos o que somos ou vamos sendo.
São como faróis de fortes luzes a debruar
as noites mais ricas e até as mais esconsas crendo
quando mesmo num raro sopro a assoprar
nos levam a bom porto seus braços estendendo.
Mas amigos são também como o silêncio que é de ouro
quando nos escutam as pressas de chegar
ou quando nos apontam o caminho mais duradouro.
Razão de ser deste meu poema que quis sincero!
Porque amigo que é amigo nasceu par’amar
não esconde nem finge e fá-lo com esmero.
Jorge Humberto
26/02/15