Poemas : 

Marcha lenta

 
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Trago trincheiras nos dedos

E, os olhos rasos de água

Ao peito uma G3 de flores

Onde as balas se espalham

Na semente dos mortos que não matei



Apertam-me os gritos;

Os homens na sua marcha,

Os tambores, as saudades da minha terra

Renego a fome,

Os morteiros cruzados o choro desconhecido

O tordo que não regressa

E o comboio que parte para parte incerta




Tenho sede, tenho pressa,

Pressa que desconheço

Da grande solidão, ao pé da colina,

Do caule de luz em fuga



Conceição Bernardino


A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.
Aristóteles

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@cartascemremetente

 
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Conceição Bernardino
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 26/02/2015 15:48  Atualizado: 26/02/2015 15:48
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Mensagens: 10200
 Re: Marcha lenta
Boa tarde Conceição, este site padece da ausência de boa poesia quando tu se distancia deste teu requintado ofício.

seus versos enredam uma personagem buscando formas para conciliar suas virtudes com as inevitáveis discrepâncias que a vida lhe patrocina, parabéns pelo redundante poema, um abraço, MJ.