O AUTOCRATA
Quem manda, manda porque obedecido
É: Governa, sem dúvida ou engano,
Fortalecido pelo intento humano
D'haver ordem em torno do escolhido.
Quer por Deus; quer por homens concedido
O poder o reveste, ano após ano,
Impondo o seu juízo soberano
A conduzir o povo ao prometido.
Absoluto: Não-súbdito a controle,
Submete tudo e todos ao redor,
Senão por mor de amor, pelo temor!...
Por fim, deixa a coroa à sua prole,
Certo de celebrarem seu legado
E como um grande homem ser lembrado.
Betim – 24 02 2015
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.
Este soneto é uma reflexão sobre o poder absoluto e sua natureza. Mais do que argumentos favoráveis ou contrários a monarquia absolutista ou a sistemas ditatoriais, tentamos aqui centrar na figura do chefe da nação e sua relação com o poder.