Caio anuído pelo poder da verdade,
Lutei arduamente por amor, sem proveito,
A tristeza é uma cama de espinhos onde deito
Os sentimentos e os cubro com lençóis de saudade.
A estranha inquietude que agora me invade
A alma, é manto que me cobre também por defeito!
Ser poeta trovador, sem nexo e sem direito
Ao me ver preso em plena luz de liberdade.
Ausento-me de mim e assim prossigo!
Nem a própria sombra carrego como abrigo,
Ou sonhos que me devolvam alguma fantasia.
Mágoa em cada choro que dei sem melodia ou tom.
Renego veemente o que escrevi sem dom,
Aspirante a poeta mas sem voz na poesia!!!
Paulo Alves