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Morte Alucinante

 
De novo te revejo apressado
como um pedaço de nada que se evapora
de volta o regresso ao passado
à ausência de tempo que te devora
de noite a noite sinto teu cheiro
perdendo da vida a palma
como névoa de um nevoeiro
que te consome a alma
de segundo a segundo sinto-te respirar
no arfar do teu peito
a lágrima que engole o teu soluçar
preso no meu leito
de noite vejo-te fantasma viajante
devorando a última ceia
da morte alucinante
da agulha espetada na veia.


Elis Bodêgo

 
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Elis Bodêgo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/02/2008 00:19  Atualizado: 07/02/2008 00:19
 Re: Morte Alucinante
Parabéns, Elis, por este magnífico e corajoso hino de solidariedade.

h@p

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 07/02/2008 00:25  Atualizado: 07/02/2008 00:25
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: Morte Alucinante p/ Elis Bodêgo
Querida poetisa


Gosto do tema porque existem
tantos e tantas presos por
esta agulha e outras mais
que espetam a alma da vida
Parabéns...

Beijinhos no coração