Sonetos : 

NA ÂNSIA DO CAFÉ

 
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É ténue essa linha e entre nós
Entre a calma e o choro de te ter
Dentro de mim deslizas a ferver
Depois de desfeito em mil nessas mós

Negro em tudo é a tua triste foz
Escravizada e mártir para crer
E nós continuamos a beber
Sem preocupação de lhes dar voz

Na língua te mantenho o sabor forte
Que me apodrece o hálito de morte
Depois seco por ti tão impaciente

Derretes a garganta fervoroso
E no impasse pequeno e saboroso
Fazes mover motores desta gente

20 de fevereiro de 2015
António Botelho



A arte é um mundo à parte

 
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antóniobotelho
 
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