Chovo pétalas de rosas sobre teu nome,
Relampejo delírios que provocam ardor,
Sobre o catre, trovejo instantes de amor
E de ti recebo eflúvios que me consomem.
Sou vento e sopro carícias em tua imagem,
Sou sol e te aqueço perante teus arrepios,
Porém nas noites sou lua e seduzo teu cio
A fim de que entre nós não exista estiagem.
Sou mar e em minhas ondas só tu navegas...
Entre torvelinhos amparo-te em tua entrega
Enxugando teu viço com toalhas do arrebol...
Sou areia... diante do litoral tua volúpia quer
Que te amasse, ame, que te faça só mulher
Sem importar se o que nos cobre é lua ou sol...
De Ivan de Oliveira Melo