Há estradas que se escondem entre aclives e declives...
Há segredos inconfessáveis que se enclausuram tímidos
Sob fantasmagóricas construções pétreas da iniquidade...
Há aromas que adornam olfatos principescos duma elite
Trajando de veludo o mefítico odor que disfarça no social
A soberana hipocrisia que arrasta verdades até o precipício...
Há a inocência seduzida por argumentos que são pecados
Travestidos por pomposas vestes com ares de excelência,
Mas que fustigam de incoerências sensatas ingenuidades
E as jogam nos lagos das perdições plenamente desnudas.
Há humildades que são prisioneiras de fatídicos orgulhos
Em que se sobressai o egoísmo hediondo que segrega júbilos,
Lapidando enfermidades que atrofiam a saúde humana...
O desjejum trabalha em silêncio agregando poupanças, pois
No coração de quem sofre o que morre último é a esperança!
De Ivan de Oliveira Melo