Os vultos se escondem em meio às nossas incertezas
E se fazem sombras como paliativos de nossa solidão
Que chora inquietudes embutidas na alma desatenta...
Cascatas de ilusão torpedeiam insensatezes a granel
Abrindo vácuos infinitos em nossa imaginação restrita
Que se vê lúgubre perante atitudes que parecem papel,
Mas que são engodos produzidos numa seara pantanosa
Onde o desequilíbrio da consciência perece peremptório...
Despertar deste universo caudaloso é buscar na sequiosa
Brisa que amaina as dores o salvo-conduto deste auditório.
Na arena em que os sonhos se desintegram há renovação
Da energia que rege o descontrole insocial do pensamento
Possibilitando profundos mergulhos do caráter sofrimento
Para que em ondas físicas compreenda-se onde o coração
Depositará o amor que torna o homem razão e sentimento!
De Ivan de Oliveira Melo