Sol de Outono
O sol já tombou no horizonte
rubro, incandescente, arroxeado...
O rosto triste, o olhar cansado
Ele repousa no cinzento monte...
Já nos jardins de frio transidos
as folhas são pelo vento levadas...
E morrem todas... Pobre delas! Coitadas!...
Enquanto o Sol é sombra de gemidos...
Tal como o velho que chega ao fim do dia
a esvair-se numa velhice ingrata
com gestos jovens, de idade perdida...
Também o sol se vai no horizonte
cheio de cor, de dourados, de prata
e fica morto entre as sombras do monte!
Maria Helena Amaro
Braga, 10/10/1954
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2015/02/sol-de-outono.html
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.