Os enganos são enganos
Por não os sabermos serem
Quando nos enganamos.
Cheios de falsas promessas seduzem.
Mostram-nos sua face pura.
Por nossas mãos de criança conduzem.
Lançam-nos em noite escura.
Cheios de fria malícia confundem.
Arrastam-nos vida afora.
Usando de fina astúcia, iludem.
Vejam como estou agora.
Os enganos são enganos
Por não os sabermos serem
Quando nos enganamos.
De maneira simples fascinam.
Adoçam-nos o paladar.
De modo sorrateiro se aproximam.
Falam-nos de um mundo ímpar.
Àqueles que estão cansados, animam.
Fazem-nos mudar os planos.
E com o passar do tempo confirmam:
Apenas ledos enganos.
Os enganos são enganos
Por não os sabermos serem
Quando nos enganamos.
Frederico Salvo