Poemas : 

Morte encomendada

 
Morte encomendada
 
No labirinto de morte encomendada,
Movem-se barões de mentes vazias,
Tecendo teias d’óbitos
Remetidos ao cárcere do povo.

Nos corredores da recepção,
As encomendas se justificam
N’olho aberto da praça,
Quando a voz do povo se levanta.

Ó déspota do país em colapso,
Quantas migalhas de felicidade
Negastes ao povo que te alimenta
Pra visão apadrinhado ter?

Sacuda teu bandulho ávido do poder
E enxugue lágrimas do povo,
Vertidas no cadeirão do poder
Perpetuado
Pelas tuas encomendas da morte.

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 04/05/2015 17:03  Atualizado: 04/05/2015 17:03
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Morte encomendada
Parabéns Poeta
Bela reflexão!
Beijos!
Janna


Enviado por Tópico
MatheusBelfort
Publicado: 04/05/2015 18:56  Atualizado: 04/05/2015 18:56
Da casa!
Usuário desde: 06/01/2015
Localidade: Brasil - Rio de Janeiro
Mensagens: 397
 Re: Morte encomendada
Os que nos "governam" são a nossa ruína. Apreciei a leitura,nobre amigo.

Grande abraço


Enviado por Tópico
Eureka
Publicado: 06/04/2016 10:49  Atualizado: 06/04/2016 10:49
Membro de honra
Usuário desde: 01/10/2011
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4297
 Re: Morte encomendada
Bom dia Adelino,

Nobre poema de critica social, que infelizmente versa a verdade de todos esses ignóbeis e indecentes pseudo governantes, que se governam apenas a si mesmos.
Parabéns pela iniciativa de partilhar um poema de caracter social e actual.

Gostei de te ler, embora não goste nada do que nos trouxeste para ler, mas é a crua e cruel verdade em que tantos milhares de almas vivem e torna-se necessário colocar o indicador na ferida.

Um grande abraço
Eureka