Elevo as melodias na ponta dos dedos,
mais alto que os voos em segredos
canto em silêncio, notas soltas do tempo
de baixo do céu com sombras,
dançam as nuvens numa harmonia dúbia…
O abismo apresenta-se perante o meu caminhar
é perto, tão perto esse precipício
que não quer ouvir-me cantar…
Ignoro as alturas
os trovões da noite sem luar,
continuo as melodias do cântico silencioso
abraço as horas mortas, num sonho que não abandono,
nasceu no ventre do dono do tempo,
a seu tempo será a realidade, de um novo sonho
sempre a cantar,
na marcha audaz de ser proclamação
no lugar vazio, onde nem todos sabem escutar!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...