Onde perdi a frívola ironia?
Na solidão de mim tão concentrada!
Na dolente palavra, na neblina;
No devaneio d’alma, espedaçada.
Rasga-me, então as presas mais ocultas!
Dos sonhos dispersados nestas lágrimas;
Dos mundos que pendi, em fartas brumas;
Dos abismos, penhascos, magmas cartas.
Frígidos óleos quentes por demais.
Fervi dentro do seio, tantos ais...
Nas dores destes sonhos, tão dolentes!
Assim, por tal espanto-peito aberto,
Nas almas, que desfilam meus desertos,
Na face que tranquei, morri demente!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)