Poemas : 

HORAS TARDIAS

 
Como balouça triste o cipreste,
Folhas secas atapetam o chão
E o vento, malandro, é o vilão
Que sopra poeira e não se veste.

Pálida sombra que me deixa ébrio
Diante do calor que é pura agonia,
Gente que pranteia sua melancolia
No espaço incômodo do cemitério.

Longas horas me consomem a tez
Sazonada pela brisa rala e quente
Que impunemente me maltrata...

Sob o vulto da árvore é minha vez
De chorar num tempo intermitente
O húmus da saudade e da serenata!



De Ivan de Oliveira Melo

 
Autor
imelo10
Autor
 
Texto
Data
Leituras
439
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.