Como balouça triste o cipreste,
Folhas secas atapetam o chão
E o vento, malandro, é o vilão
Que sopra poeira e não se veste.
Pálida sombra que me deixa ébrio
Diante do calor que é pura agonia,
Gente que pranteia sua melancolia
No espaço incômodo do cemitério.
Longas horas me consomem a tez
Sazonada pela brisa rala e quente
Que impunemente me maltrata...
Sob o vulto da árvore é minha vez
De chorar num tempo intermitente
O húmus da saudade e da serenata!
De Ivan de Oliveira Melo