D'onde venho trago nos escombros
dos ombros um baú lapidado.
Do peito cicatrizado
ainda minam sonhos
que a boca desistiu de bradar.
No silêncio dos olhos
o reflexo de tudo que ganhei
e perdi é cascata de arco-íris
afogando pedras no chão.
Se há um som vibrando em mim
são meus calos que falam nas mãos
jorrando palavras
para serem levadas pelo sol.