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ESCARCÉUS

 
Tags:  SONETOS 2015  
 
ESCARCÉUS

Para quem sempre fez assim tão pouco
De flores e de poemas quanto da hora,
Nada te custa ouvir-me noite afora
Até acontecer d’eu ficar rouco.

Parado em teu portão passo por louco,
Porquanto não me deixas ir embora...
Não creio que te divirta ver-me agora
Ou que ames o dramático tampouco.

Contudo, estás aqui: espumando ódios!
‘Inda a ver e rever os episódios
Que advogas em justiça do que sentes.

Berra! Se isso te deixa algo melhor,
Mas não me faças mais pouco do amor
Com tanta raiva e dor, rangendo os dentes...

Betim - 09 02 2015

Ubi caritas est vera
Deus ibi est.

Que ninguém se assuste: isso não aconteceu. Estou apenas desabafando em face do que vivi. Não houve ocorrência policial ou manifesto ao síndico: essa imensa briga foi imaginada como somatório de inúmeras pequenas brigas. Creio ser uma forma de virar a página. Assim espero. Que bom que existe a Literatura para isso, não é?
 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 10/02/2015 11:51  Atualizado: 10/02/2015 11:51
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: ESCARCÉUS
Bom dia Ricardo, seus versos enredam as relações afetivas, como de fato são sujeitas a rusgas complexas, e incomodantes, parabéns pelo redundante soneto, um abraço MJ.

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