Pelas tardes dolorosas
caminhar de mãos abertas.
nas certezas duvidosas
por cantos, tristes vielas …
Pelas noites tenebrosas
de agonias e quebranto.
nas auroras graciosas
d'alegrias e de espanto.
Pelas noites orvalhadas
Pelas tardes luminosas
afinal tu desejavas
a minh'Alma tão magoada.
Por ti sofrer não quero mais,
como te amar eu já nem sei,
teus olhos dois punhais
dai, não mais te procurei …
Ricardo Maria Louro
no Chiado
(Para Esperança Barroca)
Ricardo Maria Louro