Não sou eu quem acende a tocha.
Tampouco sou eu mais uma criatura
Se meu coração é feito uma rocha
Gotas do amor pode ser que o fura.
Será que o amor para sempre dura?
Se o peito transborda precisa galocha?
Será que para todo mal existe cura?
Se o navio afunda falta-lhe uma cocha?
Morro e vejo se indo minha existência;
No amanhecer do novo dia eu renasço
Na expectativa de que tenhas voltado.
Choro quando percebo a tua ausência.
Eu me rasgo. Em lamúrias eu me desfaço
Na estranha esperança de ser teu... namorado.
Gyl Ferrys