Poemas : 

Poesia Marginal

 
Põe a "mão na cabeça"!
Pense naqueles que estão "na merda"
vendo as sobras que vão para os lixos,
invejando a sorte dos ratos!
Pense na fome capaz de fazer
alguém levar à boca um pão mofado!
Pense num pai dividindo esse pão
com seus filhos...

Não!
Pensou errado!
Não há lágrimas...
Ou pelo menos ninguém mais, ali, repara.
A miséria enfraquece a carne,
mas endurece a alma.
Afinal, "o que não mata engorda"!
A exemplo dos porcos: a lavagem.
Mas não desista,
continue pensando...

Põe a "mão na cabeça".
Agora pense o que poderia fazer
para mudar um pouco isso...
Lembrou da moeda negada?!
Talvez esteja, esquecida, no bolso
do paletó no armário,
ou no canto de uma gaveta qualquer...
Acumula e esconde seus tesouros
no seu mundo protegido por grades.
Entendo!
Mas por que guarda tantas coisas
que jamais serão novamente usadas?

Põe a "mão na cabeça".
Diz que é por segurança.
Que é melhor ficar afastado...
Mas a repulsa mais parece nojo, que medo!
E é engraçado esse seu discurso.
Falar que esmola não dá futuro!
E quem lhe pediria um futuro
se nem um trocado é capaz de dar?
E conhece a pressa da fome?!
Ela vem da espera, é imediata!
Pra ela não há futuro...
Essa lábia é desculpa manjada
da sua avareza que teima em fechar a mão.
Esta mesma mão que só se abre por interesse;
ou quando é para dar o tapa!

Ah, lembrou de Deus!

E por falar em tapa,
hoje será você a ceder a face.
Mas deixando Deus fora disso,
eu dispenso a outra.
E se pretende rezar essa noite,
já não reparo em lágrimas...
Pões as mãos na cabeça.
Isso é um assalto!


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Por MP, segue o número da conta para depósitos, rsrs

(Lembrando que eu não votei na Dilma)



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GELComposições


 
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GELComposicoes
 
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