Há raízes que me furam a pele
o sangue corre nas veias
acesas
como folhas secas a arderem
dentro do âmago…
Os lábios não gritam
os olhos cerrados
procuram saídas
do labirinto desfeito da ilusão…
Tatuagens na alma…
A mágoa arrefecida
a arder tempos de silêncio…
Já não grito
nem labuto num todo…
Caminharei solitária
sendo
eu mesma aquilo que sou,
um lugar (in)vulgar
onde os resguardados
se esquecem
que há verdades que doem
no pecado da inverdade!
Não mudarei o mundo
não tenho esse poder…
Também não mudarei
só assim sei ser, no meu viver!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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