Testo, teço texto no papel
Que olha-me e quase grita
Pedindo sutileza no pincel,
Mais doce na minha escrita.
Mas um gosto amargo de fel
Insiste em me fazer vil visita
Veneno de fabulosa cascavel
Nascida em deserto israelita.
Então fico a olhar para pintura
Na parede da minha memória
A esperar por uma inspiração.
Eis que me vem na imaginação
Um enredo que conta a estória,
Pego do cinzel e faço Literatura.
Gyl Ferrys