Tanto amor lhe dei e juro, lhe daria muito mais,
Num amor que em tão pouco exauriu a chama.
Os sentimentos dela, num ápice o tempo engana
E o que é pouco ou nada parece ser demais.
Parece ser tão pouco ou muito, mas jamais
O tempo apaga... Amor louco, paixão insana!
Onde termina o sentido e a sorte é profana,
E os sentimentos se perdem em pecados mortais.
O destino assim se manifesta,
Em pouco tempo enchi-me de ternura,
Mas perdi-a até do meu interno.
Hoje já nada do que para mim foi me resta.
Nem ódio, nem carinho! Nada eternamente perdura
Num amor que não é nem foi nunca eterno.
Paulo Alves