Pela madrugada adentro
Adestrando vultos de falsa coragem
De pensares estampados de prazer
Em tudo
Em nada
Em pouca e vã cobiça de mim mesmo
Dos corpos que se unem
Mentalmente
Sem qualquer atrito prazeroso
Só a poesia assim o torna possível
Nada mais para além das areias entre linhas
Que devastam diferentes nações sentimentais
E sangrentas guerras são criadas
Entre os matos e silvados desta nação
Conjugados entre prazer diários de maledicências
Falsas instruções a mim mesmo
E na conjugação social dos amantes bisbilhoteiros
Parte-se novamente para a guerra
Entre martelos de madeira e julgamentos judiciais
Morre gente
Surtam-se cidadãos e vontades
Tudo rebenta em euforia e garra de término catastrófico
Para depois vir a bonança
A calma
O mentalismo
A intensidade da imaginação
Tudo só na minha mente
19 de dezembro de 2014
António Botelho