Poemas : 

Nevoeiros

 
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Nevoeiros na vida e no meu caminho
Opõem-se à minha passagem
No carro o calor sempre os dispersa
Limpando o vidro onde me apoio
Na vida, nem as minhas garras de Sol
Os evaporam da intolerância do dia-a-dia
Onde me enublam o que eu deveria ser,
escondendo as oportunidades de vitória
Entre as derrotas que esse nevoeiro deixou

Como é triste não ter como o levantar
Como o soprar com brisas de alegria
Ou no calor do amor, tal como no carro, o dissipar

Sei que o Sol nasce para todos
Mas ele não brilha no nublado
Que importa ter eu nascido
Se a sua luz não me encaminha

Mas um dia Sol serei,
compro lanternas de atrevimento
E atrevo-me por entre os seus fiapos molhados
Posso não voltar ao carro nem ao caminho certo
Mas a vida, ade mudar
nem que a terra tenha que falar
ou gritar, por ver-me tanto arriscar
só não quero que o nevoeiro persista,
me despiste na vida e no carro que conduzo sem parar

António J. P. Madeira


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jomadosado
 
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