Sente não ter direito
Ao menos a lagrimejar
Condenando-se pelos erros
Que em sua vida ousa causar.
Pobre desamparado
Do amor de si mesmo
Agora esmola a sorte
De um instante de sossego
Nas ruas vazias da noite
Busca por sua solidão
Pois em sua cabeça
Sons, ruídos e confusão
Pobre desesperado
Que a muitos magoou
Pelas drogas fora condenado
A desistir de seu amor.
Perdeu tudo que tinha
Vendeu tudo que conquistou
E esta fome não sacia
Tem piedade, senhor!
Enide Santos 04/02/15