<br />Só existe um sacrifício mor
num só destino.
Mas os mais pequenos
São de igual valor.
Dizem que uma pessoa
Pode sofrer de amor
Se estiver longe
Ou se estiver destroçado
O seu coração pobre.
Dizem que a dor
De estar longe de aqueles
que amam
É muy pior
Do que a pura solidão.
Dizem que a angústia
De perder algo ou alguém
É uma dor suprema
Mas não tão eterna
Com as boas lembranças
Desses algo e indivíduos.
Mas isto tudo
ora é amor
ora é saudade
ora é dor.
No fim pergunto
Então qual é, o maior,
De tudo o que se vê,
O mor sacrifício.
Todos ficam em silêncio
Ninguém responde
Ninguém fala ou diz
(Faz lembrar uma jogada final
de um jogo de Xadrez.)
Só se ouve o vento
A soprar.
Só se ouve os grilos
A tocar.
E de repente surge a idéia,
E dizem sem demora
O supremo sacrifício.
Ele é a própria vida
Para os seus amores
Poderem viver.
Contudo, devo dizer
Que só se deve faze-lo
No último momento
Depois da última das hipóteses.
Assim, a vida é um bem
O mor bem
O maior de todos eles
Que se tem
Tanto o Homem
Como o animal
Como, em suma,
Tudo o que vive
Neste milagre de planeta.
Deixo, então, esta mensagem
Para quem me tiver a ler:
Lembra-te que tudo é energia
E que tudo pode ser renovado
Com a excepção da regra
Que é a vida.
Já que se ela renova-se
Não seriamos meros mortais.
Seriamos, sim, destroçados Imortais,
Que vagueiam pelo mundo
Em busca da solução.
Por isso, recordai-vos
Se, for crente da Renovação
Sois, então, Reencarnação de uma pessoa
Que anda à procura do amor da sua vida.
Se acreditares na energia
Vês em Buda
O seu Sorriso.
Se tiveres fé na mensagem
Dou-te então a solução
Só te renovarás
Quanto acreditares que tudo que és,
Foste e serás, sempre, a energia
Da última memória
Do último sacrifício
Da última teologia
Que tu crês.
E por fim
Os que dizem
Os que falam
Os que ouvem
Se calam e pensam
E ouvem um único barulho,
Que é meio e suave,
O som do vento...
P de BATISTA