Não me prendo a pinturas e enfeites,
Diante da fosforescência do meu olhar
A vida é intensa fantasia, meu deleite,
Cabe-me tão somente dormir e sonhar.
Meus ouvidos não saboreiam fofocas,
Perante cochichos malévolos do mundo
Vivo à margem intocado em minha oca
Tricotando o que é fútil e vagabundo.
A consciência me instrui valores sadios,
Assim em meu mar só navegam navios
Produzidos no estaleiro da prudência...
Minhas pernas caminham em linha reta,
Minhas mãos coordenam com uma seta
As veredas onde vitrines saciam decência!
De Ivan de Oliveira Melo