<br />Que linhas vês, para me decifrares meu Fado?
Que diz o coração, a vida e a cabeça?
Que vês nas cartas, nas runas, nos astros,
Do conjunto dos seres, que és tu, quando estou contigo?
Como podes ver o futuro
Quando o que dizes é o passado?
Sabes como te posso ver nas artes da mente
Quando crês no futuro não possível.
Sabes os factos como ciências exactas
Mas testemunhas as pistas em mar de brumas.
Tudo nasce nos seres, nas mentalidades em caos
E pharos seguimos, para bom porto caminhamos.
Traças a carta, vês o ascendente
Descobres os deuses em relações desfeitas
E, por fim, dizes que sou o que o mar me fez.
Traças caminhos, elevas no esboço.
Enfim aqui estou, nu em factos,
Nu de sentimentos, nu na minha História,
E partes o espelho sem saber como vou reagir.
Não dizes a verdade, não falas dos males,
Dás-me a ilusão e no fim perdes o teu dom
De sereia ilusionista com mãos de cigana...
Já leste o futuro?
Já vistes ao espelho?
Quem é a dama de espadas, quando procuro a dama de copas?
Setúbal, 01-02-2008
P de BATISTA