Tudo quanto sinto, ouço ou vejo
Não apontam para uma bonança!
Sempre a tristeza chega e avança
Me afasta da fé com ordem de despejo.
O amor em mim tristemente nunca antevejo.
Loucura onde a felicidade não me alcança.
Olho o destino sem qualquer confiança
Esqueço os sonhos e também o desejo.
Sigo a vida caído, fora do almejado intento!
Anuído me fere cada recanto do coração,
Onde me esqueci de motivos ou razão.
Pesado é o meu fardo, tão pesado!
Apenas colho o que semeei no passado,
E serve de alimento ao meu desalento.
Paulo Alves