Orfandade
Lá fora o vendaval ruge feroz
sibila o vento por entre o arvoredo
"Mãezinha, estou só! E tenho medo..."
Dum corpo franzino desprende-se esta voz!...
"Eu tenho fome e não vejo ninguém
a quem peça um bocado de pão
Eu tenho frio e nesta solidão
há sombras negras, ó minha querida mãe."
A chuva cai lá fora lentamente
o vento arrasta na fuga infinda
o sofrimento, a miséria, indiferente...
Ó pobre órfão que lá no alto céu
a tua mãe possa aquecer-te ainda
as tuas mãos com um carinho seu...
Maria Helena Amaro
27/06/1954
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2015/01/orfandade.html
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