Dar-te-ei meu nome e serás uma dama,
A mulher a quem o rouxinol deu asas
Para que me catasse entre taças largas
E me tornasse o mancebo de sua cama.
Falar-te-ei aos ouvidos palavras de amor,
Pois sou o homem que teu carinho vela
E mesmo perante tempestades e procelas
Cantarei a melodia que o sabiá me ensinou.
Afogar-te-ei nas águas dos meus beijos,
Porque navegar em tuas ondas eu desejo
Mesmo conhecendo teus mares profundos...
Abraçar-te –ei com a volúpia que esbanjo,
Pois sinto que estou diante de um anjo
Que me será eternidade, mais um segundo!
De Ivan de Oliveira Melo