Lobisomens
Paulo Gondim
28/01/2015
E eis que eles chegam, aos magotes
No seu barulho peculiar.
Surdo, estremecedor, sombrio
Um forte cheiro de enxofre no ar
E o tilintar de correntes
Como sons estridentes
Que os costumam acompanhar
São os lobisomens na noite fria
Saem à meia noite, escondem-se ao dia
E vão e vêm, dão voltas pelas ruas
Saltam, pulam, essas figuras nuas
Passam de porta em porta
E nessa rotina torta
Assustam quem ainda não dorme
Criaturas imundas, disformes
Com bocas grandes, enormes!
Paulo Gondim