era um caminho largo, agora – fora estreito, no dia que antecedera a queda, mas o seu corpo em sombra propagado, tinha ultrapassado os limites onde se estabelece ser berma, o lugar do impossível.
tinha caído, sem asas nem auréola, e o seu corpo pode, finalmente, compreender a terra.
a fome, o frio, a lama e a sede.
o calor e o pequeno espaço que vai da pele à morte.
ou à vida.
tinha caído, e na queda engrandeceu e atingiu coisas que não lhe couberam nos olhos, por isso as teve que guardar na boca.
daí até ao silêncio, foi um abraço.
o caminho agora é de dois – nem estreito nem largo, apenas justo.
Teresa Teixeira