Meu vento é poeira
pedra fria pelo cais
que espera sem compasso.
Coração que já não vais
ao cais desse regaço,
deixar tristes os teus ais.
Por quem esperas solidão
no cais da despedida?!
Esse pranto não tem fim …
Ergue os teus olhos do chão,
abre os braços à Vida
deixa ao largo a ilusão.
Por quem sofres coração?
Quem partiu e não voltou
num barco d' ansiedade
foi-se embora não levou
deixou triste saudade
esse amor ali ficou.
Ricardo M. Louro
no Chiado
(Repertório de Celeste Rodrigues)
Ricardo Maria Louro