Nos sonhos que sempre sonhei
Eu sempre soube que o amor existia,
Em cada estrela que mirava, via rastros
De esperança, que brilhavam...
Conforme meu coração batia!
Tempestades, verdade, não se pode prever,
Trovão...luz que sempre será guia na escuridão,
Por mais sombria que possa ser! E então
Um céu estrelado, habitado de sons
D'almas sonhadoras! Num tempo a nós
sombrio, quando os sonhos insistem em morrer em silêncio...ah!...
sempre volvemos os olhos ao céu...
rastros de desejos, sonhos, amor...
Sempre nos reencontramos! Fragmentos de sonoras palavras, luz...
estivemos lá!Vê meu coração...
Doce sono me domina...estou em paz!
Todo olhar possui essa visão de um amor estelar!!! Tão infinito....
quanto o Universo e suas constelações...além..onde somente
um coração pode olhar e ver, onde toda alma habita!
A música "Vide Cor Meum", trata do primeiro soneto de Dante, onde descreve uma visão que teve e clama por auxílio para interpretá-la. A letra foi extraída do livro "La Vita Nuova" de Dante Alighieri, onde Dante descreve seu ingresso no mundo da poesia. Quando Dante tinha nove anos, conheceu uma menina encantadora chamada Beatrice. Só a viu de passagem, mas logo ficou obcecado por ela. Nove anos depois, a vê novamente, e desta vez ela cumprimenta Dante - foi o suficiente para que o Amor o dominasse totalmente. Ao voltar a seu quarto, "E pensando di lei Mi sopragiunse uno soave sonno" (e pensando nela, sou tomado por um suave sono).Então, ele tem a visão do Amor segurando uma mulher (Beatrice) enrolada em um véu. O Amor diz "Eu sou seu mestre". Em uma das mãos do Amor há um coração em chamas, e diz a Dante "Vide cor tuum" (veja seu coração).Então, o Amor acorda Beatrice e a alimenta com o coração flamejante de Dante, que ela aceita relutantemente. O Amor, então, torna-se muito triste e leva Beatrice com ele para o paraíso.